Sejam eles cupins subterrâneos, que apavoram qualquer pessoa por causa dos prejuízos que podem causar ou mesmo os cupins africanos, capazes de construír colônias com vários metros de altura, estes insetos são criaturas fascinantes para se estudar. Veja abaixo 5 fatos bastante interessantes sobre os cupins, preparado pelo site americano about.com.

  1. Mesmo considerados pragas para os donos de casas, os cupins são insetos benéficos para a natureza.

Os cupins são importantes decompositores. Eles quebram as fibras que são bastante resistentes em plantas e reciclam raízes e árvores que estão prestes a morrer, renovando o solo do ambiente. Estes insetos famintos são vitais para a saúde de nossas florestas. Como constroem túneis subterrâneos, eles contribuem ainda para arejar a terra e melhorar a produtividade do solo. Hoje, eles são considerados pragas urbanas, mas quem mandou construir casas bem com o alimento deles.

  1. Cupins digerem celulose graças a micro-organismos presentes no intestino dos insetos.

Os cupins se alimentam de madeiras e outros componentes celulósicos, como papel e tecido. Em todos os casos, eles precisam digerir materiais bem resistentes como fibras e celulose. Estes insetos possuem micro-organismos em seus intestinos capazes de quebrar a celulose. Essa relação de simbiose (que ocorre quando dois ou mais organismos de espécies diferentes contribuem positivamente, com benefício mútuo às espécies envolvidas), beneficia ambos: os cupins e os micro-organismos. Os cupins abrigam essas bactérias e protozoários e colhem os alimentos. Os micro-organismos, em troca, digerem a celulose para os cupins.

  1. Cupins se alimentam das fezes de outros cupins e até das próprias.

No entanto, os cupins não nascem com essas bactérias em seus organismos. Antes de começar o trabalho pesado, comendo as madeiras mais rígidas em árvores, os cupins precisam obter o “fornecimento” de micro-organismos para seus aparelhos digestivos. Para isso, eles se engajam em uma prática conhecida como trofalaxia, em outras palavras, troca de alimentos e secreções corporais e isso acontece pelos alimentos e fezes, ou seja, de boca a boca ou do anus para a boca.

  1. Os cupins já viviam há cerca de 130 milhões de anos. É provável que estes insetos tenham se desenvolvido do mesmo antepassado das baratas.

Cupins e baratas compartilham de um ancestral comum. Um inseto que esteve no planeta terra há cerca de 300 milhões de anos. Este antepassado viveu no período cretáceo e também é responsável pelo recorde do exemplo de mutualismo entre organismos mais antigos.

  1. O rei da colônia, o “pai” dos cupins mais jovens ajuda a rainha na tarefa de criar os filhotes.

Em um cupinzeiro, você provavelmente não encontrará “pais desnaturados”. São pais presentes, isso mesmo! Diferentemente das colônias de abelhas, onde os zangões morrem logo após a cópula, no reino dos cupins, eles ficam por perto por bem mais tempo. Depois do vôo nupcial, o rei do cupinzeiro fica ao lado da rainha, cuidando dos ovos e fazendo outras tarefas, conforme necessário. Ele também compartilha deveres parentais com a rainha, ajudando-a na alimentação dos filhotes.
Veja a segunda parte deste post em breve aqui no Blog da Insetan.