Decisão do Ministério da Saúde, publicada nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial da União, determina que, a partir de agora, todos os municípios do país serão obrigados a realizar um levantamento sobre a infestação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão de dengue, zika e chikungunya.
Os municípios com mais de 2 mil imóveis deverão fazer o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), enquanto os municípios com menos de 2 mil imóveis terão que realizar o Levantamento de Índice Amostral(LIA). A nova regra determina, ainda, que aqueles municípios que não possuem infestação do mosquito façam o monitoramento por ovitrampa ou larvitrampa, armadilhas que permitem identificar se existem mosquitos pondo ovos na região.
Os levantamentos, que têm o objetivo de identificar a porcentagem de imóveis que apresentam criadouros de mosquito em cada cidade, deverão ser enviados para as secretarias estaduais de Saúde. Estas, então, terão que repassar os dados para o Ministério da Saúde.
A resolução publicada nesta sexta-feira (27) foi assinada pela Comissão Intergestores Tripartite, composta pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, pelo presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Guimarães Junqueira, e pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
A realização deste tipo de levantamento já ocorre em muitos municípios –em 2016, 62,6% dos municípios com mais de 2 mil imóveis realizaram o LIRAa, repassando em seguida os dados para as autoridades estaduais e federais.
O Ministério da Saúde, em dezembro, anunciou que o repasse da segunda parcela de uma verba de R$ 152 milhões destinada ao combate do Aedes só seria feito para os municípios que tivessem realizado o LIA ou o LIRAa.

Dengue, zika e chikungunya deixam 855 cidades em alerta

Com base nestas informações levantadas pelos municípios, o Ministério da Saúde colocou 855 cidades brasileiras em alerta de risco para dengue, zika e chikungunya.
No último ano, até 24 de dezembro, o Brasil registrou 1.976.029 casos prováveis destas três doenças: 1.496.282 de dengue, 265.554 de chikungunya e 214.193 de zika.
Fonte: Bol