Pela primeira vez, biólogos e entomologistas poderão contar com um mapa que mostra a distribuição de mais de 15 mil tipos de formigas ao redor do mundo. O mapa interativo já está disponível online.
Com informações de Universidade de Hong Kong e impala.pt
Foram mais de quatro anos de pesquisas intensas para que o mapa colorido e interativo saísse dos projetos e se fosse publicado em um site. No banco de dados dos pesquisadores, são mais de 15 mil tipos de formigas e descobertas como as que levaram o estado de Queensland, na Austrália, a ter o maior número de espécies nativas do mundo (1400).
“As formigas são muito importantes na maioria dos ecossistemas”, disse Benoit Guenard,  um dos cofundadores do mapa e professor de Ciências Biológicas da Universidade de Hong Kong (HKU). “Quando falamos de biodiversidade, os insetos são um dos principais grupos em que precisamos de nos focar”, acrescenta.
O mapa fornece um importante registro da vida dos insetos no mundo e irá ajudar na investigação e conservação da vida animal.
Apesar de já publicado, o pesquisador garante que o trabalho de mapeamento das espécies de formigas continua, uma vez que novas descobertas são feitas frequentemente.
Em novembro do ano passado, por exemplo, pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), publicaram um estudo que mostrava a descoberta de uma nova espécie de formiga. O estudo, que foi divulgado também aqui no blog da Insetan, mostra que a nova espécie se fazia passar por outro tipo de formiga com aspecto semelhante, para “se aproveitar” do abrigo e alimentação. 
O mapa das formigas, como é chamado (Antmaps) é um projeto conjunto da Universidade de Hong Kong e do Instituto de Ciências e Tecnologias de Okinawa, consegue diferenciar as formigas que são nativas de uma região e as espécies que foram importadas. “Elas são muito importantes na maioria dos ecossistemas”, afirma Guenard, uma vez que consegue atuar no subsolo, transportando nutrientes do solo e ajudando na dispersão de sementes.
 
Além disso, “o mapa também auxiliará biólogos e ambientalistas na abordagem da questão do quão bem estamos protegendo estes insetos em determinadas regiões”, explicou à Agência France Presse (AFP).