O Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre amarela, febre chikungunya e zika, alcançou, em seu espectro evolutivo, a complexidade das cidades por onde tem espalhado medo e novas populações. Segundo o Instituto Butantã, a espécie evoluiu numa rapidez que excede as expectativas para um padrão comum de variabilidade.
 
A resistência do mosquito Aedes aegypti a alguns inseticidas já vinha sendo documentada pelos cientistas, bem como sua nova capacidade de reprodução em volumes cada vez menores de água, esta nem mais tão limpa assim. Recentemente, nos estudos do Instituto, foram atestados novas modificações como
a forma e tamanho das asas do mosquito e o seu novo, e preocupante, hábito de atacar também durante a noite.

Além disso, esse transmissor, já em processo de larga adaptação ao ambiente urbano, está resistente às temperaturas mais amenas. Isso significa que sua sobrevivência agora se estende ao inverno e a todas as outras estações. O mosquito da dengue vem demonstrando enorme potencial em passar por transformações em sua forma, mecanismos de reprodução e transmissão, versatilidade ao explorar ambientes e também em contornar nossos esforços para eliminá-los.

Estes novos fatos acerca do mosquito indicam a necessidade de redobrar os cuidados nas ações de prevenção durante todo o ano. Fazer com que a proliferação seja evitada nas cidades é papel individual e conjunto da comunidade que deve se empenhar em eliminar focos e potenciais locais de reprodução. Buscar informações e acompanhar as atualizações no Blog da Insetan também é importante neste constante esforço que todos devem participar a favor da saúde.