Antes das borboletas chegarem à fase adulta e serem admiradas nos jardins, praças e campos, elas passam algumas fases não tão exuberantes assim. Durante os primeiros meses de vida, esses insetos passam em forma de lagartas e podem ser bastante hostis ao serem tocadas. São as “lagartas peludas”, mandarovás, “tataranas” ou “taturanas”, como também são conhecidas em algumas regiões. Apesar de parecerem inofensivas e até consideradas bonitas por muitas pessoas pelo fato de serem sempre bastante chamativas, com cores vivas, estes insetos podem ser bastante venenosos.
Apesar do nome (lagartas peludas), as lagartas não possuem pelos e sim cerdas. No Brasil, existem várias espécies destas lagartas e algumas delas são tóxicas e podem causar lesões graves quando entram em contato com a pele humana. De acordo com a Bióloga Karla Patrícia, do blog Diário de Biologia, “Estes microespinhos são estruturas de ponta aguda e tão sensíveis que, ao menor contato com as partes descobertas do corpo, podem acabar liberando um líquido tóxico”, explica. A gravidade da lesão é proporcional ao contato com o animal, sendo que os casos mais graves podem até mesmo evoluir para óbito após quadros de hemorragia em órgãos abdominais; nos pulmões; articulações e mucosas, como a gengiva. Ainda podem ocorrer o aparecimento de hematomas (manchas roxas), dor intensa, sensação de queimação, inchaço e vermelhidão locais. Ainda existem casos de insuficiência renal aguda em uma faixa de 5 a 10% dos acidentes.
Como o ditado nos ensina: nem tudo que reluz é ouro, ou seja, nem tudo que é colorido ou muito chamativo, é um bom. No caso das lagartas, podemos entender como um alerta que elas gentilmente nos dão de que são tóxicas e oferecem perigo.
Quando sua população está bastante alta, a lagarta pode ser considerada uma praga urbana, pois ataca plantas como as palmeiras. Para o controle de lagartas, é aconselhável contar com os serviços de uma empresa especializada no controle de pragas urbanas, que utilizam técnicas efetivas e produtos registrados no Ministério da Saúde que são liberados para o controle destas pragas. Além de tudo, estas medidas contribuem para a prevenção de possíveis acidentes.