Pense duas vezes antes de matar uma abelha: elas estão desaparecendo do planeta e isso não é nada bom para nós, seres humanos. A situação é tão séria que existe um movimento mundial de proteção a esses insetos e uma linha de pesquisa no Brasil para monitorar seu desaparecimento.
O movimento “Bee or not to be?” (um trocadilho com a palavra abelha em inglês [bee] e a famosa frase de Shakespeare “Ser ou não ser?”, que em inglês seria “To be or not to be?”) foi criado para alertar a humanidade sobre um grave problema: o CCD, também conhecido como Síndrome do Desaparecimento das Abelhas. De acordo com o site do movimento essa síndrome é percebida quando uma colônia de abelhas tem seu número extremamente reduzido em um curto intervalo de tempo. As causas dessa situação podem variar muito: de doenças, fungos e ácaros a mudanças climáticas e, claro, intervenção humana com o uso errado dos agrotóxicos.
Ok, imaginamos que até aqui já deu pra você entender o que está acontecendo. E deduzimos também que a sua pergunta que não quer calar é: por que uma síndrome diagnosticada em abelhas vai me prejudicar? Como diria o lendário detetive Sherlock Holmes: elementar, meu caro Watson. As abelhas são responsáveis por 70% da polinização das plantações agrícolas e 85% das plantas com flores. “Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora. Sem flora não há animais, e sem animais não haverá raça humana”, disse um dia Albert Einstein, o falecido gênio da Física – e pelo jeito não é só de Física que ele entendia…
A situação é tão séria que pesquisadores brasileiros criaram um aplicativo para dimensionar as proporções do sumiço de abelhas e detectar quando muitas delas são envenenadas por uso de agrotóxicos nas lavouras. A ideia inédita promete ser mais um apoio na proteção das abelhas, medida urgente e necessária à manutenção da vida na terra. Afinal, com a permissão do trocadilho, sem “bees we could not to be” (* “sem abelhas não poderemos existir”).