Ele chegou na hora marcada. Boné vermelho, óculos de proteção e uma mochila onde mantinha o equipamento. O Sr. Arthur fez bem em chamar a Insetan, eles com certeza irão dar um jeito nos insetos daquela casa, pensou Juliana observando o Exterminador chegar na casa do vizinho. Dali, ela conseguia ver roedores, aranhas, baratas e Bolinha, o pobre cãozinho de Arthur, coçar o dorso coberto de pulgas. Era uma infestação de verdade.
O Exterminador entrou na casa de Arthur e tudo parecia correr bem. A Insetan já devia estar em ação, os insetos e roedores finalmente sob controle. Juliana já estava voltando a seus afazeres dentro de casa quando viu a porta de entrada de Arthur se abrir novamente. O Exterminador arrastava a pesada mochila para o canteiro, entrou no carro de onde veio e deu a partida.
– Como ele foi tão rápido, Arthur? – perguntou Juliana
– Na verdade ele nem começou – disse um Arthur furioso
– Como? Ele se recusou a trabalhar com uma infestação tão grave?
– Bela peça de 1 de abril, Juliana. Bela peça me pregaram.
Juliana ainda não entendia o que havia acontecido.
– Não era o Exterminador de verdade – explicou Arthur.
– Mas como você soube?
– Ele tentou matar uma barata com o chinelo.