Com salas de madeira cheias de cupim, crianças que estudam na creche Emei Professora Therezinha de Jesus Alguz, na Vila Mazzei, em Itapetininga (SP), estão adoecendo, segundo familiares. A falta de ventilação nos espaços e a infiltração nas paredes também prejudicam a saúde dos alunos, alegam os pais. De acordo com o secretário municipal de Educação, Geraldo Macedo, a prefeitura não sabia do caso. Ele ainda avisou que nenhum memorando foi enviado ao Executivo, por parte da diretoria da unidade, para informar sobre os problemas.
A vendedora Renata Fernanda de Proença conta que o filho, um bebê de 11 meses, precisou ficar 13 dias internado com broncopneumonia, adquirida pela falta de estrutura no edifício. “Até o mês de junho as crianças ficavam em uma sala de madeira, cheia de cupim. Quando chove, os pequenos não conseguem almoçar no refeitório devido aos problemas com a cobertura”, relata.
Já segundo a dona de casa Sandra Aparecida Neves, o filho fica doente com frequência e ela chegou até a perder o antigo emprego. “Desde que ele entrou na escola, ele teve pneumonia e problemas na pele duas vezes”, comenta.
Preocupada com a situação, a dona de casa Janaina Maria Vieira cobra uma resposta das autoridades. “Alguém precisa tomar uma atitude”, reivindica.
Estudantes com cinco anos são levados até a unidade e depois transferidos para outro local, revela a dona de casa Nádia Augusta. “Dizem que não tem estrutura para eles e que, por isso, as crianças são levadas à outra unidade”, afirma.
Resposta
O secretário municipal de Educação disse que a administração adquiriu um terreno para substituir a creche. O prédio está em reforma e dentro de 90 dias as crianças serão transferidas para a nova escola.
Fonte : G1