Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram um novo tratamento que poderia evitar danos em fetos de camundongos afetados pelo vírus da zika. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira (7) na revista “Nature”.
Os autores da pesquisa, liderada pelo Departamento de Pediatria do Vanderbilt University Medical Center em Nashville, no Tennessee, reconhecem que existem diferenças na gestação de roedores e humanos, mas suas descobertas poderiam ajudar no desenvolvimento de uma vacina contra a zika. O estudo também teve a participação de pesquisadores da Universidade de Washington.
Os cientistas lembram que o vírus pode causar sérios danos neurológicos no feto, como a microcefalia, e provocar doenças em adultos, como a síndrome de Guillain-Barré.
Entenda o estudo
Para o estudo, os cientistas isolaram anticorpos humanos dos glóbulos brancos de indivíduos previamente infectados com o vírus da zika e se concentraram em um tipo em particular, que se destacou por sua “potência” em testes preliminares.
Em seguida, os pesquisadores analisaram o comportamento desse anticorpo em um modelo de infecção de zika em camundongo.
Em outro experimento, os cientistas aplicaram este mesmo tratamento em fêmeas de roedores grávidas antes e depois de contraírem zika.
Em ambos os casos, a carga viral tanto na mãe como no feto foi reduzida consideravelmente, enquanto os danos causados pelo vírus na placenta foram limitados e o tamanho do feto aumentou.
Os resultados sugerem que esse tratamento poderia ser útil como instrumento preventivo e também como tratamento em indivíduos já infectados pelo vírus da zika.
“Os experimentos, que demonstram que este tratamento antiviral pode prevenir e controlar a infecção de vírus da zika durante a gravidez em ratos, trazem a possibilidade de que possam ser efetuadas intervenções significativas durante o período de gestação”, destacaram os especialistas.
Fonte: G1