Mês de outubro é hora de se alertar com os escorpiões. Em média nesse periodo, 100 atendimentos de vítimas de picadas em Minas Gerais, conforme dados da Unidade de Toxicologia, são atendidos no Hospital João XXIII. E os números continuam preocupantes, só no ano passado foram 32 mortes, esse ano já foram registrados mais de 22 óbitos causados pela picada do escorpião.
Aqui no blog da Insetan, já registramos o preocupante caso da infestação de escorpiões que ocorreu em Varginha. Como todo cuidado é pouco, veja algumas dicas de como se previnir:
- Coloque ralos nos banheiros
- Proteja janelas com telas
- Não acumule lixo ou entulho, tijolos, telhas, e garrafas vazias no fundo do quintal, terrenos baldios ou áreas livres.
- Acabe com frestas e buracos em paredes
- Inspecionar panos, sapatos e roupas antes de usar
Segundo o coordenador do Serviço de Toxicologia, Délio Campolina, crianças e idosos são mais vulneráveis a picada da praga urbana. De acordo com o médico, as pessoas picadas apresentam náuseas, taquicardia, vômitos e suor excessivo. Os sintomas são provocados pela liberação de adrenalina e outras substância no corpo, em decorrência do veneno. O quadro mais grave, geralmente em crianças, pode evoluir para edemas pulmonares que provocam a morte. É importante que o local de atendimento tenha além do soro, um suporte avançado com capacidade para entubação.
Nos adultos, em 90% dos casos o sintoma é apenas dor no local picado. Os escorpiões geralmente atacam pés e mãos, pois se escondem nas roupas e sapatos. Segundo o médico, sempre que possível as pessoas devem recolher e levar o animal que picou para o hospital, desde que isso não atrapalhe a urgência do atendimento. Segundo ele, a identificação da espécie ajuda no diagnóstico e nas ações de zoonose.