Basta os dias ficarem mais quentes que aquele barulhinho chato já começa a zunir em nossa orelha avisando que temos a companhia dos indesejáveis pernilongos. Aí, dá-lhe repelente, raquete elétrica e ventilador noite adentro.

Vale lembrar que “pernilongo” ou “muriçoca” são os nomes populares dados aos mosquitos da família culicidae. Os mais conhecidos são o Aedes aegypti (transmissor da dengue), o Anopheles sp (vetor da malária) e o Culex (pernilongo caseiro).

Mas aí vem a pergunta: por que os pernilongos só aparecem no calor? Onde eles ficam durante o inverno e nos dias frios?

A maioria deles morre, pois não suportam as baixas temperaturas (por volta de 15º). Os que sobrevivem reduzem suas atividades. As fêmeas, por exemplo, diminuem a produção de ovos e evitam sair voando para economizar energia e manter o próprio corpo aquecido.

O mesmo acontece com os machos, que ficam nos abrigos à espera de um clima mais favorável.

Já o clima quente e as chuvas favorecem o desenvolvimento em todos os estágios do mosquito.

Para se ter uma ideia, um pernilongo vive de um a três meses. Até se transformar em adulto, o mosquito passa por três fases: ovos (24 horas) que são depositados em água cheia de material orgânico, larvas (7 dias) e pupa (24 horas).

Confira outras 6 curiosidades sobre esses irritantes pernilongos 

1. É verdade que só a fêmea dos pernilongos picam?

Sim. Ela precisa de alguns nutrientes que estão no sangue, principalmente do ferro, para maturar os ovos. Uma fêmea da espécie Culex (pernilongo caseiro) põe aproximadamente cem deles a cada vez. Enquanto elas saem à caça, os machos ficam ao redor dos criadouros ou perto de arbustos alimentando-se do açúcar presente nas seivas das plantas.

2. O que é aquele zumbido chato que ouvimos?

Trata-se do som das batidas das asas do mosquito, que chegam a bater 300 vezes em um segundo. Tais batidas desencadeiam uma onda de pressão, com propagação de som pelo ar de 300 a 900 Hz, frequência audível pelo ouvido humano.

3. Por que algumas pessoas são mais picadas por pernilongos que outras?

Sabe-se que os pernilongos são atraídos por um conjunto de fatores, como a presença de dióxido de carbono (CO2), que exalamos sempre que respiramos, e outras substâncias químicas, como o ácido lático, presente em nosso suor. E é justamente o suor que libera odores que atraem os insetos. Em outras palavras, quanto mais esses cheiros são liberados pelo corpo, mais os insetos serão atraídos.

4. Por que os pernilongos voam próximos à nossa cabeça?

Eles costumam ficar próximos da cabeça justamente por haver uma maior concentração de dióxido de carbono (CO2), eliminado com a respiração.

5. Por que os pernilongos costumam atacar em locais escondidos ou à noite?

Os mosquitos enxergam melhor em ambientes mais escuros. Assim, à noite, fica mais fácil localizar os alvos. A brisa pode atrair picadas, já que ela dissemina CO2 e odores pelo ambiente. Já o ventilador pode atrapalhar a estabilidade do inseto durante o voo.

6. Por que a picada de pernilongos coça tanto?

Após “serrilhar” a primeira camada da pele, o pernilongo insere uma espécie de agulha bem flexível para procurar um vaso sanguíneo onde consiga sugar o sangue. Enquanto puxa o líquido vermelho, ele injeta na pele enzimas anticoagulantes e anestésicas.

O organismo vê esse líquido como um invasor e o sistema imunológico começa a enviar células de defesa para o local. O “confronto” entre essas células e as enzimas do pernilongo resulta em inchaço, vermelhidão e coceiras (aliás, temos um artigo falando mais profundamente disso aqui, confira).

Última e infalível dica: como se livrar dos pernilongos

Existem várias formas de se combater pernilongos em casa, mas nenhuma é tão eficiente quanto a contratação de uma empresa especializada em controle de pragas, como a Insetan. Ela, com sua capacidade técnica, é capaz de identificar o problema na origem e propor soluções que realmente vão fazer diferença, sem colocar a saúde de ninguém em risco. Que tal solicitar um orçamento sem compromisso? Basta clicar aqui.

Especialista consultada: Sirlei Morais, bióloga, especialista em zoologia e entomologia médica, mestre e doutora em Saúde Pública pela FSP/USP

Fonte: Uol Notícias